Posto de Media

[Parceiros] Zero Waste Lab mobiliza comunidades rumo a uma sociedade “lixo zero”

 

Acção de Sensibilização Ambiental da Zero Waste Lab, em espaço urbano – #atacabeata

 

Na terceira atividade local do projeto europeu WISE – “AgeEuropa: Fórum Deita Cá para Fora” – a Rede DLBC Lisboa teve como parceiro-chave a Zero Waste Lab Portugal, organização da sociedade civil pela qual a Sara Pinto e a Cristina Sousa vestem a camisola diariamente.

Conheça com estas duas ativistas de corpo inteiro e “com a mão na massa” um movimento de cidadania ativa que sonha com bairros, cidades e países, bem como com uma Europa e um Planeta “lixo zero” e que tem agido localmente para concretizar um sonho ousado, que passa inclusive por influenciar o poder local em matéria ambiental. Saiba como, lendo a entrevista que a Sara e a Cristina tão amavelmente nos concederam.

 

Como nasceu a Zero Waste Lab Portugal?

A Zero Waste Lab nasceu do programa de Liderança Criativa da THNK Lisbon, como resposta direta ao desafio lançado pela Câmara Municipal de Lisboa: como podemos aumentar a prosperidade dos cidadãos, num movimento coletivo para reduzir os resíduos urbanos?

A Zero Waste Lab é uma associação sem fins lucrativos que nasceu da ideia de formar um centro colaborativo e um laboratório de experimentação para promoção da filosofia lixo zero. Tem como objetivo sensibilizar e promover ações potenciadoras de mudança face à produção de lixo e da sua relação com os recursos e as comunidades.

Numa abordagem horizontal, agindo em cooperação com diversos setores da comunidade, a associação pretende acima de tudo abrir a discussão sobre o lixo e a problemática associada, sensibilizar para a importância da conservação dos recursos naturais e alertar para a urgente necessidade de ação global. Criar colaborações para maior impacto positivo é a nossa missão.

 

Fazendo parte de um movimento internacional, a Zero Waste Lab Portugal tem desenvolvido atividades à escala nacional e local. É impossível pensar o Ambiente apenas a uma destas escalas…

A sustentabilidade ambiental é uma questão transversal a escalas. Tudo o que acontece no bairro tem repercussões, mais tarde ou mais cedo, a nível global, como tal pensamos o ambiente como parte de um todo.

A sustentabilidade ambiental está intimamente ligada com a tolerância a responsabilidade partilhada entre todos, a responsabilidade pela sobrevivência e bem-estar de todos, plantas animais e pessoas.
Somos interdependentes e é nessa compreensão de interdependência que atuamos. A mobilização das pessoas é fundamental para que a sustentabilidade de todos aconteça e, sim, essa mobilização é que pode ser pensada em diversas escalas.

A Zero Waste Lab fundamenta o seu trabalho na dinamização célula a célula, seja a célula um bairro, uma escola, uma família, uma praia ou um restaurante. O que importa é que a mobilização seja verdadeiramente entendida para que possa ter impacto de fundo e no longo prazo.

É preciso trabalhar onde há tempo para tal, é preciso ter tempo para conhecer, despertar, partilhar, experimentar e mudar. Seja a que escala for, para nós é importante trabalhar com tempo e criando verdadeiras relações.

 

Em que pé está o projeto BIP/ZIP “Lixo Zero Mouraria”?

O projeto “Lixo Zero Mouraria” é um desses exemplos de mobilização de um bairro.
Estamos neste momento na reta final do projeto, a dois meses do seu fim administrativo. Mas na realidade este é um projeto “sementeira”, tanto para o bairro como para nós, associação. Só está a terminar do ponto de vista administrativo, pois sentimos que foi um ano para conhecer o bairro e questionar, intervir ouvindo, provocando e fazendo um levantamento de quais os melhores modos de atuar nesta comunidade em particular.

Agora é que o projeto vai mesmo começar [risos]. No entanto este foi um ano cheio de ação e atividades, com muitas ações de rua, muitas conversas com moradores nos fóruns, ações de voluntariado e workshops, muitas ações na Escola, na restauração e estabelecimento de parcerias na comunidade. Este é um projeto muito emblemático para nós e acreditamos que também para a cidade.

 

Além dos fóruns no âmbito deste BIP/ZIP, que atividades desenvolveram no sentido de reduzir os resíduos no bairro da Mouraria?

O projeto realizou várias ações de sensibilização na rua, como recolha de beatas, distribuição de cinzeiros de bolso, onde muitas conversas aconteceram entre moradores, turistas e transeuntes e voluntários.

Promoveram-se também workshops Lixo Zero, sob o mote “Põe as Mãos na Massa”, e um programa Lixo Zero foi desenvolvido com Escolas da freguesia, abrangendo mais de 100 crianças do primeiro ciclo.

Foram colocadas caixas de correio em locais estratégicos na freguesia para receber sugestões, opiniões e ideias sobre o que a população entende por um “bairro lixo zero”, quais as preocupações, desejos ou dificuldades – entre outras atividades desenvolvidas com a restauração e alojamento local na definição de recomendações lixo zero nestes setores de atividade.

Todas as ações concorrem para a produção e divulgação de um Manifesto Comunitário Lixo Zero – objetivo principal do projeto.

 

Um resultado de vários fóruns comunitários [entre os quais o de maio, efetuado em parceria com a Rede DLBC Lisboa, na Mouraria] é um Manifesto “Lixo Zero”. A quem e quando o vão entregar? Que impacto esperam que tenha? 

O Manifesto vai ter várias “faces”. Uma mais politica para entregar junto do poder local [freguesia e município] e outra de divulgação e sensibilização, através da construção de uma peça de arte publica que irá interpelar os transeuntes da Mouraria.

Gostaríamos que este Manifesto fosse impulsionador de mudança ao nível local, e pudesse envolver os cidadãos nos processos de decisão, rumo a um estilo de vida Lixo Zero.

Que contributos destes fóruns vão constar certamente deste manifesto?

Todos os contributos são inputs válidos e serão incluídos. No entanto, este Manifesto será resultado de todas as atividades e como tal os contributos serão trabalhados, tentando organizar e construir uma narrativa o mais fiel possível à vontade da comunidade.

 

 

 

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[Parceiros] Nuno Wemans, do Clube Intercultural Europeu: “Interessa criar um grupo que seja referência positiva para a próxima geração”

 

A Rede DLBC Lisboa esteve à conversa com Nuno Wemans, coordenador de projetos no Clube Intercultural Europeu. O encontro aconteceu no Espaço C3 Jovem, um local gerido pelos Jovens LYN, um grupo de adolescentes do Bairro Nascimento Costa (Beato) criado no âmbito do projeto Sementes A Crescer E6G.

Hoje, dia 27 de fevereiro, neste espaço, ao final da tarde, haverá uma sessão de cinema para a comunidade organizada por estes quatro adolescentes, uma ideia saída da conversa-debate “O nosso Bairro em Ação: A Europa Aqui”, integrada na iniciativa “DebatEuropa”. Parceiro principal na segunda atividade do WISE, o “Clube” – como informalmente lhe chama Wemans – está a apoiar o grupo LYN nos seus primeiros passos da cidadania ativa e intervenção comunitária.

 

 

Qual é a relação entre o Clube Intercultural Europeu e o Grupo LYN?

Em Novembro de 2014 o Clube foi convidado para ser a entidade gestora do Sementes a Crescer, um projeto de intervenção no bairro [Nascimento Costa] com financiamento do Programa Escolhas do Alto Comissariado para as Migrações. Na altura, o Clube aceitou o convite e foi o primeiro projeto de inclusão social de uma organização que até então lidava especialmente com mobilidades europeias.

O Sementes a Crescer tinha várias atividades para um público entre os 6 e os 30 anos. Os LYN nasceram como uma atividade destinada aos adolescentes, no sentido de capacitá-los e incluí-los em algumas dinâmicas que não seriam à partida alvo do interesse deles [em questões como] o racismo, a interculturalidade, a xenofobia e a violência.

 

É uma atividade assente na prevenção?

Aqui, normalmente, a idade para abordar estes temas costuma ser os 14-15. Depois disso, dependendo da etnia ou da família, há a eventualidade de alguns deles serem pais ou casarem. Se não for esse o caso, a maior parte deles está envolvida nos negócios da família. No caso dos [que têm] pais presos, são os filhos mais velhos que têm que sustentar o resto da família. A idade para abordar estes temas, para depois aos 18 fazerem eles o efeito multiplicador, é pelos 14.

 

Estes adolescentes com quem trabalhámos no WISE não são os primeiros LYN…

Com o grupo inicial, de 2016/2017, foi um trabalho muito bem desenvolvido, especialmente através da rádio. Os técnicos faziam várias sessões com cinema, convidados e discussão de temas. O resultado era um programa de rádio.

 

Queres partilhar um exemplo de uma emissão histórica?

Foram gravados três programas, um sobre a Curraleira, outro sobre racismo e outro sobre bullying. O do bullying teve maior impacto, porque alguns deles chegaram ao ponto de reconhecer durante as sessões e o programa que eles próprios tinham atitudes violentas e de bullying para com outros, coisa que não seria estranha anteriormente, mas que passou a ser um fator de vergonha. Houve uma evolução.

 

Como surgiu o Espaço Jovem?

Aqui o foco é sempre a participação. O Espaço C3, que inclui o Espaço Jovem, foi um projeto em que lhes foi dada a liderança do processo, mesmo na redação de um projeto BIP/ZIP. Uma coisa que eles queriam era este espaço para se autogerirem e para coordenarem as suas atividades. Isso já é capacitação, porque estás a assumir que vais ter o teu próprio espaço para fazer atividades para outros.

 

Houve um desfasamento de tempo entre o desejo desse primeiro grupo e a construção do espaço. Como está a correr a apropriação por estes jovens de um espaço pretendido por outros?

É um processo lento. É voltar sempre à questão “O que te motiva? O que te interessa? O que pretendes com este espaço?”, tanto a nível individual, como de grupo. Neste momento o Espaço Jovem é a referência deles.

 

É um espaço e um tempo de transição?

É um espaço de complementaridade entre um projeto em que tens técnicos que desenvolvem atividades e um espaço em que és tu próprio a desenvolver atividades. Eles aprendem as metodologias no Sementes e aqui tentam aplicar.

 

Vêm muito aqui?

Vêm aqui todos os dias [depois da escola]. A mesa de ping pong é uma grande atração para o espaço. O desafio é atrai-los com a mesa de ping pong a executar atividades que assentem em alguns valores como a paz e a solidariedade.

 

É um grupo em construção…

Neste momento [é importante] haver algumas atividades organizadas, incluindo o projeto WISE e o Arte Ao Lado, em que existe uma estrutura. Depois o desejo é que eles próprios organizem as suas atividades. Podem ter que ver com desporto, cultura hip hop ou dança. O importante é que ajudem a incutir alternativas de vida. Interessa criar aqui um grupo que seja um exemplo, uma referência positiva para a próxima geração.

 

Como se tem posicionado o Clube nesta comunidade?

[Com sentido de] cooperação e colaboração. Não queremos impor, nem ter atitude moralista. Temos alguns problemas-chave [identificados]. No entanto, é sempre na perspetiva da capacitação [que aqui estamos].

Há um forte processo de diagnóstico semanal, senão diário, de necessidades. Todas as semanas, há mais de ano e meio para cá, reunimos – o Clube, os moradores, a Fundação Aga Khan e a Santa Casa – para desenvolver o sentido de pertença e responsabilidade. Se a comunidade quer fazer, o Clube faz com a comunidade.

 

Neste momento, o Clube também já se sente parte desta comunidade?

O Clube já está dentro. Assumimos um compromisso forte neste território e estamos sempre à procura de formas de poder ajudar, mas os moradores é que têm que ser a resposta.

No concurso a financiamentos estruturados, da União Europeia e da Câmara Municipal, em que não é assim tão acessível redigir projetos, as entidades [como o Clube] têm um grande papel em ajudar [a comunidade de moradores].

 

Como percecionam a entrada dos LYN no projeto WISE?

Foi importante. Houve grande abertura e flexibilidade dos técnicos que estavam a liderar o projeto [Rede DLBC Lisboa] para não o fazer com muita pressão, para que os resultados a que os jovens chegaram fossem enquadrados na linha do projeto. Aconteceu de uma forma natural.

Quando se fala de Europa e União Europeia, conceitos que para nós são do dia a dia para eles não são assim tão evidentes. A forma como se pegou no tema – a Europa também é aqui – foi ótima. Até porque se quiséssemos falar de estruturas e instituições teria sido bastante difícil puxá-los.

A forma como foi liderada a atividade ajudou a que os resultados não fossem só relativamente fáceis de chegar, mas também necessários para a comunidade. A questão dos idosos é muito preocupante neste território. [Os LYN] nunca tinham falado desta maneira.

 

Despertaram para este público quase invisível no bairro?

Sim, ao ver o filme [“Party Animal”], pela forma como o jovem [protagonista] consegue interagir de forma diferente com uma pessoa mais idosa. No fundo os interesses são comuns. Agora vão fazer estas sessões de cinema com os mais idosos. Mesmo que não resulte, vai haver um sentido de concretização. E se calhar depois com algum tempo são eles que vão andar atrás dos mais novos para fazerem atividades.

 

Eles partilharam o que suscitou mais interesse nas atividades do WISE?

Sim. Ver o filme, o lanche, a informalidade, o facto de nos sentarmos aqui em círculo ao final da tarde a conversar.

 

Foi importante ter na conversa-debate final líderes da comunidade e representantes do poder local?

Para o lado da Junta de Freguesia foi bom ver um grupo de jovens que está a tentar ganhar autonomia e promover atividades positivas neste território. Para o lado dos jovens é um bocadinho um pequeno batismo nesta dinâmica, ao terem diferentes parceiros com diferentes percursos de vida. Esta questão das parcerias é forte quando cada parte é comprometida a fazer alguma coisa e eu acho que isso foi uma grande aprendizagem para eles. A Junta disponibilizou-se a ajudar, a Rede DLBC Lisboa, o Clube também. Nenhuma destas partes vai fazer alguma coisa se eles não fizerem.

 

O que podem aprender estes adolescentes com a preparação destas sessões de cinema?

Cada vez mais verão que isto não é só um espaço lúdico. É também um espaço que deve servir algum propósito para o resto das pessoas.

 

Finalmente, o que é um projeto como o WISE trouxe ao Clube?

O facto do WISE ter promovido estas atividades com os Jovens LYN ajuda o Clube, no sentido em que são coisas estruturadas e que o resultado é espetacular. Eles já estão a estruturar e a organizar a sessão de cinema e isso é um output muito positivo tanto para eles como para o Clube.

 

 

 

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[Parceiros] Espaço Europa: Aqui aprende-se e discute-se União. Aqui respira-se Europa.

O Espaço Europa (EE) é um Espaço Público Europeu da responsabilidade do Gabinete do Parlamento Europeu e da Representação da Comissão Europeia em Portugal. No âmbito do projeto WISE visitámos as instalações deste posto de informação e documentação tatuado a azul e vermelho. Rodeados de bandeiras, material didático, documentação institucional e uma urna de voto, estivemos à conversa com Fernanda Fernandes, representante deste sítio onde se respira Europa, que amavelmente explicou à Rede DLBC Lisboa – com a ajuda da sua colega Lisa Sebastião — o que se faz aqui, com quem e com que finalidade.

 

 

Comecemos por falar da vossa atividade-chave: a visita das escolas ao Espaço Europeu…

Em média recebemos duzentas visitas de todo o país por ano letivo.

 

Como preparam cada visita?

Recebemo-los [os estudantes] nesta sala, explicamos em que consiste o EE e às vezes vamos introduzindo alguns temas que acabam por ser as nossas prioridades, que fazem parte do nosso plano de atividades. Em 2019 há Eleições Europeias. Começamos já aqui a alertá-los para as eleições.

 

Como procuram cativar crianças e jovens que vêm, como disse, com a perspetiva de que a Europa “não faz nada por eles” e de que estas visitas vão ser um enfado?

O que nos ajuda imenso a transmitir de que forma a União Europeia [UE] está presente na nossa vida quotidiana é a campanha “#EUandMe”, [que consiste em] cinco curtas metragens feitas por realizadores europeus.

 

Através da exposição a estas curtas eles e elas acabam por perceber algumas  implicações de estarem na União Europeia?

No início faço essa questão… “Sei que vocês já nasceram numa altura em que o projeto já decorre na sua velocidade cruzeiro e que para vocês é natural, mas no vosso dia a dia notam como é que a UE tem impacto no nosso dia a dia? Já pararam para pensar?” Claro que a maioria pergunta “É suposto ter algum impacto?”.

Quase todos levam [a conversa] para programas de financiamento: a União Europeia apoiou a minha escola, a construção daquela estrada, ponte, ferrovia, etc. Depois, e é isso que acaba por ser a ideia destes filmes, [falamos de] coisas tão pequenas, mas tão importantes para os jovens como ter acesso à Internet. A União Europeia obriga a que todos os cidadãos tenham acesso. Eles ficam a pensar. Parece que sou a voz do pensamento deles.

 

 

 

Gera-se debate depois de verem os filmes?

O debate não é assim tão simples quanto achamos que vai ser. Por exemplo, ontem estive a ver [a curta-metragem] O Solitário com os estudantes do curso profissional Mecatrónica do CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel, Loures.

Abordamos alguns aspetos relacionados com cada um dos filmes, neste caso a Internet sem fios. No meio do lugar mais inóspito da Polónia está lá um senhor que consegue fazer compras online e receber aquilo que compra. Chama a atenção para os direitos do consumidor online, que foram reforçados em maio de 2018. O novo regulamento de proteção de dados torna as compras mais seguras. O que noto sobretudo é eles ficarem surpreendidos, um ou outro participa, responde, e até faz questões.

 

Podem-se ver estes filmes na Internet?

Estão na página de Youtube da Comissão Europeia, com legendas em Português.

 

Quanto às brochuras que vemos nesta sala, que material têm disponível para o público mais jovem?

Aqueles que têm mais grafismos, mais imagem, são os que de imediato chamam mais a atenção dos mais jovens, como por exemplo [as brochuras] “A Europa dá as mãos” e “À descoberta da Europa”. Por exemplo, A UE e Eu” tem uma componente didática que assenta sobretudo na realização de quizzes.

 

As escolas costumam pedir-vos estes recursos?

Acontece [o professor] fazer um trabalho de pesquisa na European Bookshop [no portal da EU], onde estão disponíveis todas estas publicações… e [depois] dizer-nos o que pretende e, nós tendo aqui, disponibilizamos. A maior parte dos professores pede-nos o que tivermos adequado àquela faixa etária ou àquele nível de conhecimento que os alunos querem ter.

 

O que já é feito nas escolas em matéria de sensibilização para os temas europeus?

Temos o concurso Eu sou Europeu para o terceiro ciclo e há ainda o Clube Europeu.

 

 

Que outros assuntos têm vindo à baila nestas sessões?

O Artigo 13. Eu não posso falar muito [sobre o tema], porque as sessões já estão programadas, mas não deixo de responder. A minha resposta é reafirmar o que a chefe da Representação da Comissão Europeia disse – que tem a ver com o facto de termos de compensar os autores e os artistas com trabalho autorizado e pelo qual não estão a receber compensação.

Sobre o Brexit, de uma forma geral os jovens não compreendem porque é que o Reino Unido vai sair. Há um ou outro que me pergunta muito explicitamente “Afinal quais são os motivos pelos quais os cidadãos querem sair?”

 

Também se podem assistir a debates no EE.

Estamos a organizar alguns para o próximo ano sobre as Eleições Europeias dedicados a uma faixa etária um bocado mais velha, jovens que estão a fazer 18 anos e universitários.

 

Que parcerias têm tido a nível nacional?

São pontuais, estabelecidas evento a evento. Institucionalmente não estamos ligados a ninguém. Já trabalhámos com os Institutos Politécnicos de Lisboa e Setúbal, o Diário Notícias [através da atividade MediaLab] e o Instituto Nacional para a Reabilitação.

 

Têm extensões do EE a nível nacional?

A Representação da Comissão Europeia tem uma rede que são as autarquias e aquelas entidades regionais que mostraram interesse em dinamizar atividades da UE nas suas regiões. Há os Centros de Informação Europeia, que têm um trabalho muito importante junto das escolas, a dinamizar os debates, a visualização destes filmes, e a dar a conhecer programas específicos que a UE tem para as escolas.

 

 

Horários das visitas:  Sessões de manhã (a partir das 10h00) e tarde (a partir de 14h30). Cada visita terá uma duração máxima de duas horas.